Ato da União dos Policiais do Brasil contra reforma tem adesão em diversos estados

 

Policiais federais e civis dos estados e demais agentes de Segurança Pública reforçaram a mobilização nacional nesta segunda-feira, organizada pela UPB

POR PALOMA SAVEDRA

Delegados, policiais federais e demais agentes de Segurança Pública aderiram, nesta segunda-feira, à mobilização nacional organizada pela União dos Policiais do Brasil (UPB). O movimento é em defesa dos servidores e em protesto às mudanças previstas na reforma administrativa (PEC 32), em tramitação na CCJ da Câmara dos Deputados.
O ato ocorreu entre 15h e 16h, em frente a cada uma das unidades de trabalho estaduais e federais. Devido à pandemia de covid-19 e a necessidade de se evitar aglomeração, em algumas regiões a mobilização contou apenas com a presença de representantes das categorias.

Presidente da Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (Fenadepol) e do Sindicato dos Delegados de Polícia Federal no Estado de São Paulo (SINDPF SP), Tania Prado diz que o momento é inoportuno para fazer qualquer mudança na Constituição Federal.
“O parlamentares deveriam concentrar esforços para resolver problemas de vacinação no país, buscar formas de prevenção efetiva, testagem das pessoas, visando a controlar a pandemia”, declarou.

Para a delegada, somente depois disso, “e havendo ambiente no Congresso, com a realização de audiências públicas presenciais, e a possibilidade de diálogo direto com os parlamentares, pois por meio digitais esses contatos não estão sendo fluidos como fora do período pandêmico” é que se pode pensar em discutir a reforma do serviço público.
A presidente da Fenadepol defendeu ainda que, neste momento, deputados e senadores deveriam “ter sensibilidade” com os agentes de Segurança Pública e os demais servidores que se atuam na linha de frente durante a pandemia.

“Esses profissionais que estão na linha de frente não deveriam estar sendo desprestigiados. Pelo contrário, deveriam ser ouvidos e considerados, antes de fazerem qualquer reforma que coloca os profissionais de Segurança Pública e os servidores de modo geral como bodes expiatórios de todos os problemas do país, quando nós sabemos que, na verdade, o problema é outro. A incompetência na gestão da Saúde, por exemplo, é responsável por esse quadro em que nos encontramos agora”.

Tania Prado ressaltou ainda que os policiais estão intensificando o movimento para frear a reforma.
“Os profissionais de Segurança Pública estão irmanados nesta luta contra os malefícios da reforma administrativa e cobram respeito e consideração dos parlamentares e do governo quanto àqueles que estão na linha de frente do combate ao crime”, afirmou.

Em nota, a UPB diz que um desmonte se aproxima. E que a mobilização busca “chamar atenção da sociedade e das autoridades para os inúmeros retrocessos que a categoria vem sofrendo com seguidas propostas contra os servidores públicos”.

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