Em ofício, delegados, agentes e peritos da PF cobram “valorização” por parte do governo

 

Segundo entidades que representam os policiais federais, defasagem salarial da categoria atingiu 27% nos últimos quatro anos

As entidades que representam delegados, agentes, servidores e peritos da Polícia Federal (PF) enviaram um documento ao diretor-geral da instituição, Andrei Rodrigues, cobrando do governo federal o que chama de “a devida valorização”.

“Concretamente, já se passaram sete meses [de governo] e as forças policiais federais continuam sem a devida valorização”, diz o ofício datado em 7 de agosto.

Os servidores cobram do governo uma recomposição salarial para todos os servidores da PF ativos, inativos e pensionistas.

No ofício enviado, as entidades destacam que, ao longo dos últimos quatro anos, a defasagem salarial da categoria atingiu 27%. “Esse percentual é ainda maior quando considerada a série após o subsídio, chegando a 51%, não contabilizada a recomposição de 9%”.

Os servidores também dizem que estão com salários menores em relação a outras categorias, como Defensoria Pública da União (DPU) e Advocacia-geral da União (AGU). E citam também algumas polícias civis estaduais. “Em pelo menos 11 estados, os policiais federais têm uma remuneração menor”, diz o documento.

Em relação ao reajuste salarial, os delegados, peritos e agentes dizem que “não há gasto com a Polícia Federal, mas sim investimento”. “Conforme dados do Órgão, todos os anos a PF viabiliza aos cofres públicos 43 bilhões de reais em apreensões, restituições e em prejuízos evitados. Considerando o orçamento anual da PF, em torno de R$ 8 bilhões, podemos dizer que a cada real gasto com a Polícia Federal tem-se o retorno de R$ 5,3”, explicam as associações.

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Segundo os servidores, “o clima é de extrema apreensão de todas as categorias, sendo imperativo que tenhamos alguma sinalização concreta sobre a recomposição salarial”. Os profissionais querem o envio de Medida Provisória ou do respectivo PL ao Congresso Nacional ainda neste mês.

Assinaram o documento a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF), Sindicato Nacional dos Servidores do Plano Especial de Cargos da Polícia Federal (SINPECPF) e a Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (Fenadepol).

CNN procurou a direção da PF para saber se já houve resposta ao ofício, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.

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